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Mesmo com maior potencial produtivo do país, DF tem desemprego acima da média

7 de novembro de 2017
Último levantamento do Índice dos Desafios da Gestão Estadual mostra que jovem possui melhores condições de ensino no DF. Por outro lado, mercado não está absorvendo mão de obra na mesma proporção, diz especialista.Distrito Federal é a unidade da federação com o maior Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE) no critério juventude. Isso significa que a capital federal tem a maior proporção de jovens com alta capacidade de produção e participação no mercado de trabalho, acesso à saúde e nível de escolaridade. No entanto, a taxa de desemprego em Brasília é superior à média nacional. A pesquisa usa dados de 2015.

No ranking nacional, o DF aparece em primeiro lugar, com índice de 0,933 – a taxa varia de 0 (a pior) a 1 (a máxima). A capital tem a segunda menor concentração do país de jovens com idade entre 15 e 29 anos que não estudam, trabalham ou procuram emprego. O percentual é de 10,4%, sendo a média nacional 14,3%.

O acesso ao ensino superior em Brasília também é o mais significativo do Brasil. Enquanto a média do país é de 15,2%, na capital o percentual é de 30,9%. No ranking geral – que reúne todos os níveis de ensino, do básico ao superior – o DF figura em segundo lugar, com índice de 0,917, depois de São Paulo.

O secretário da Criança, Aurélio Araújo, disse ao G1 que este cenário se explica por uma maior consciência dos jovens quanto à importância da educação aliada a programas do governo de incentivo e inclusão. “Existe o entendimento dos jovens em geral de que o estudo é capaz de transformar a própria vida.”

Segundo ele, até o final deste ano, cerca de mil estudantes que passaram pelo programa “Bora Vencer” devem ingressar nas instituições de ensino superior do DF – a Universidade de Brasília (UnB), o Instituto Federal de Brasília (IFB) e a Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs).

“A nossa rede de ensino, com todas as suas dificuldades, é ainda uma das melhores do país.”

Araújo também atribui o índice positivo à ampliação física da UnB, com a criação de campi nas regiões administrativas de Ceilândia, Gama e Planaltina. Também menciona a ampliação do acesso à universidade pelo sistema de cotas, para estudantes de escolas públicas e pessoas negras.

Ainda segundo o IDGE, no critério gravidez precoce – em mulheres de 15 a 29 anos – o DF também tem o menor índice do país (5,9%), seguido por Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais – a média nacional é de 12,2%.

Além disso, o DF é a terceira unidade federativa do país com a maior expectativa de vida, de 77,8 anos, atrás de Santa Catarina e Espírito Santo. A média nacional é de 75,5 anos.