O estudo dos Desafios da Gestão Municipal
O estudo Desafios da Gestão Municipal (DGM) apresenta uma análise da evolução das 100 maiores cidades brasileiras em termos populacionais (100+), que representam cerca de metade do PIB brasileiro. O IDGM, indicador sintético da gestão, consolida 15 indicadores das quatro áreas essenciais na qualidade de vida: i) educação; ii) saúde, iii) segurança e iv) saneamento.
Para saber mais: www.desafiosdosmunicipios.com
100+ avançaram e ficaram melhores que o Brasil neste ciclo de medição do IDEB
Esta nota tem como objetivo trazer os destaques entre as 100+ no IDEB de 2019, divulgado no dia 15 de setembro de 2020. A análise se baseia em dados divulgado pelo INEP (desempenho escolar), Censo Escolar (matrículas) e FNDE (investimento médio por aluno).
- Avanço maior no EF II. O IDEB da etapa inicial do ensino fundamental na média dos 100+ ficou praticamente estável enquanto nos anos finais o avanço foi maior (+0,3). •O crescimento das 100+ de 0,1 ponto no IDEB do EF I foi inferior ao nacional. Já nos anos finais o avanço foi maior que o Brasil reduzindo a distância do desempenho entre as 100+ e o país (0,1 ponto).
- Preocupa o fato de um terço das cidades (36) não ter avançado no EFI, que é a base da formação educacional. 39% dessas cidades ocupam as piores posições no ranking dos 100+ (50ª ou mais).
- Mais da metade das cidades (54) atingiram suas respectivas metas do IDEB do EF I, contudo 51 não alcançaram nota 6. No EF II, somente 15 cidades conseguiram alcançar suas metas. Além disso, apenas 35 cidades ficaram com nota igual ou superior a 5 e nenhuma cidade alcançou nota 6.
- No EF I, os melhores IDEB se concentram no Sudeste, enquanto no EF II o desempenho no SAEB tem seus destaques positivos no Sul.
- Impressiona também a redução no desempenho em português no EF I, o que pode comprometer a alfabetização. A maior parte (+80%) das cidades teve avanço em matemática nas duas etapas. Já a nota média de português não apresentou avanço tão significativo, com queda na maior parte das cidades no EF I e aumento em apenas 61% das cidades no EF II.
Roberta Teixeira