O alvo traçado pelo governador e a Macroplan para os próximos 20 anos é o de que “Goiás vai comandar a Região Centro-Oeste do país”, disse Claudio Porto, diretor da Macroplan. Esse momento de crescimento da economia mundial “tem que partir da região central do país, que está mais afinada com a realidade. Para 2038 nós cremos que Goiás poderá estar entre os cinco estados brasileiros mais competitivos do país, dobrando a renda do trabalhador”, afirmou. Ele destacou que “Goiás passou por profundas transformações, e tem as condições necessárias para manter esse ritmo e proporcionar um grande crescimento nos próximos 20 anos”.
A geração de empregos é o reflexo de que o Governo de Goiás está no caminho certo. O Estado ocupa posição de destaque na retomada do crescimento e consequente geração de postos de trabalho. “Goiás gerou quatro vezes mais empregos que a média brasileira nos primeiros nove meses do ano. O Brasil gerou 208 mil e Goiás, sozinho, 47 mil empregos”, frisou o governador Marconi.
Cláudio Porto enumerou os principais desafios e oportunidades para o futuro. Segundo ele, “Goiás precisa se inserir de vez na economia global, investir em educação, saúde, segurança pública, energia solar, turismo, ciência, tecnologia, inovação, sustentabilidade fiscal e financeira”, além de “garantir confiança ao investidor e ter instituições exemplares”. Segundo o dirigente, “a oferta de recursos para iniciativas sustentáveis é abundante em todo o mundo”, e que Goiás deveria aproveitar esse momento para canalizar recursos para tornar modelo de sustentabilidade para o país.
Palestra
O economista Armando Castelar Pinheiro (IBRE/FGV – IE/UFRJ) ministrou palestra com o tema: Cenários de Goiás: das Tendências Globais às Oportunidades Locais. Ele ressaltou que Goiás não pode perder o “bonde” da recuperação da economia mundial, “que é maior nos países emergentes, com destaque para a região da Ásia, mais forte na África, Índia e China, responsáveis por 90% do incremento da demanda mundial por alimentos”. Armando explicou que, para alcançar o alvo dos próximos 20 anos, “Goiás pode melhorar o ambiente de negócios”, dar continuidade “aos investimentos em infraestrutura, investir na integração com a Ásia, na estruturação de projetos, e ainda firmar parcerias com o Ministério da Fazenda e o Banco Mundial”.
O economista lembrou que de 1950 a 1980 “a renda per capita brasileira cresceu 3,9 a.a. (ao ano), e de 1981 a 2017 cresceu apenas 0,7% a.a.”. Essa constatação leva a crer que Goiás segue a direção do desenvolvimento constante, pois o Estado tem gerado mais empregos que a média nacional e, “quanto mais gente trabalha, numa família, por exemplo, mais aumenta a renda per capita”.
O diretor-superintendente do Sebrae Goiás, Igor Montenegro, entende que o trabalho comandado pelo governador Marconi Perillo, de planejar o futuro das próximas gerações, “vai proporcionar a Goiás um cenário propício para fazermos os investimentos certos em pessoas, infraestrutura, ciência e tecnologia”. Sobre o que foi feito até o momento, Igor ressalta que “nesse período muitas das ações de curto prazo já geraram frutos, as de médio começam a dar resultados, e agora chegou a hora de pensarmos no futuro. Esse planejamento deu certo em outros países que planejaram o futuro”.