O texto também aponta formas para engajar pessoas com a execução das prioridades, uma das tarefas mais críticas do processo de liderança, segundo o diretor da Macroplan. “Costumamos ser melhores planejadores do que ‘fazedores’ e a disciplina de execução não é um atributo tão valorizado na nossa cultura”, avalia.
A coesão gerencial, segundo Neves, é outra conduta que contribui positivamente para o processo de mudança. É papel do líder garantir que os integrantes de uma equipe exerçam funções complementares, com a clareza de que atuam coordenadamente em prol de um mesmo objetivo. “É como uma boa banda de jazz, onde o improviso individual é permitido, mas sem tirar a harmonia melódica nem o brilho do coletivo. O papel do líder é indicar o sequenciamento das músicas e ajudar no encaixe dos arranjos sem desafinar”, ilustra o artigo.Num cenário de incertezas, o imediatismo e a fragmentação da ação gerencial podem comprometer um processo de mudança bem sucedido. Glaucio Neves, diretor da Macroplan, defende que é função dos líderes definir prioridades atreladas à uma visão de futuro, especialmente em momentos de crise.
O artigo ressalta também que o principal papel das lideranças é tomar decisões difíceis, para garantir que todo esforço de engajamento, coesão e definição de prioridades não seja desperdiçado. “Em toda decisão está embutida uma escolha e muitas vezes abrir mão de caminhos mais fáceis para adotar medidas estruturais mais duras pode garantir a sustentabilidade de longo prazo”, conclui Neves no artigo que está disponível para download.