Conciliar menos recursos com mais demanda, somada a cobranças crescentes por melhor qualidade é o desafio que se coloca aos novos gestores. “Neste cenário de restrições fazer mais do mesmo não será possível, fazer menos é inaceitável frente às demandas existentes. Resta fazer diferente. Inovar”, destaca a economista sênior da Macroplan, Adriana Fontes, responsável pelo estudo Desafios da Gestão Municipal, que analisa o desempenho das 100 maiores cidades do Brasil num período de 10 anos.
De acordo com o estudo, a receita das maiores cidades cresceu em termos reais 15,3% nos últimos cinco anos, porém as despesas aumentaram mais, 18,3%. Apesar de vivenciarem semelhante escassez de recursos financeiros, decorrente da estagnação econômica dos últimos anos, os municípios analisados demonstram diferenças significativas na capacidade de entregar resultados para a população. Algumas cidades mostraram ser possível alcançar elevados padrões de desempenho com custos razoáveis. “O atual cenário de crise do país impõe a gestão mais eficiente dos recursos, a adoção de boas práticas, parcerias com os outros entes da federação, sociedade civil e com o setor privado, além do uso das novas tecnologias e maior transparência”, avalia Adriana.