Pondo em prática, mais uma vez, o nosso compromisso de contribuir para a melhoria da gestão pública brasileira, estamos divulgando a 2ª Edição dos “Desafios da Gestão Estadual”, 22 meses após a edição pioneira (Novembro, 2014).
Neste período, além da emergência de uma grave crise econômica e política, consumou-se uma profunda mudança estrutural na própria administração pública brasileira: o fim de um ciclo de abundância de recursos públicos e de forte expansão do Estado.
No Brasil, doravante, e por muitos anos, os governos conviverão com acentuada escassez de recursos e fortes pressões sociais para fazer mais e melhor com menos recursos. E com muito mais transparência e capacidade de prestar contas. Esse é o “novo normal”.
Neste novo contexto, o que os executivos e as lideranças públicas estaduais não podem deixar fazer? De um lado, assumir um forte protagonismo para viabilizar reformas no Estado brasileiro antes que ele entre em colapso – como infelizmente já está acontecendo em algumas Unidades da Federação.
Por outro lado, é importante e urgente que os governos e governantes ampliem sua capacidade de fazer escolhas, de alocar adequadamente os recursos disponíveis e de executar as políticas com maior foco e precisão e em tempo hábil, segundo o critério do interesse público.
É justamente no sentido de ajudar a todos os atores que têm legítimos interesses nos Governos Estaduais do Brasil que elaboramos a 2ª edição deste trabalho, com duas grandes inovações em relação à anterior. Primeiro, introduzimos um indicador sintético – o Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE) – que consolida 28 indicadores de resultado. Isto permite uma comparação geral entre todos os Estados, abrangendo períodos de 10 anos.
Em segundo lugar, elaboramos uma avaliação específica de cada Estado segundo esses 28 indicadores. Esta avaliação inclui: (i) uma síntese da evolução dos resultados em 2004 e 2014 e uma comparação da posição de cada Estado com os melhores resultados alcançados; (ii) uma visão de conjunto da posição mais recente do Estado no ranking das 27 UFs; (iii) um painel comparativo das variações de posições no período de análise; e (IV) um painel fiscal sumário.
Com base na experiência que vivenciamos desde a primeira edição deste estudo e em diversos trabalhos recentes que fizemos para Governos Estaduais, acreditamos que as informações e análises contidas nesta versão dos Desafios são instrumentos de “navegação” muito úteis aos líderes, formuladores, gestores, executores e avaliadores de políticas públicas estaduais para melhorar a efetividade e a eficiência dos Governos em benefício dos cidadãos de nosso País.
Boa leitura!