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Desafios da Gestão Estadual 2018

28 de novembro de 2018
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    A crise brasileira iniciada em 2014 é a mais longa de nossa história e com a maior perda de Produto Interno Bruto (PIB) desde 1900. No seu bojo gestou-se um cenário que emergiu com a força de um tsunami nas eleições de 2018: a população “varreu do mapa” a maior parte das lideranças políticas dominantes desde a Nova República. E sinalizou aos eleitos que está impaciente com a má qualidade, a lentidão e o elevado custo dos serviços produzidos pelo Estado, além de pouco tolerante com os desvios éticos e a corrupção.

    Tudo isso num contexto que antecipa, para os próximos quatro anos, escassez estrutural de recursos à disposição dos governos estaduais. A maioria dos estados possui elevados passivos fiscais e financeiros e crescentes gastos com a previdência e as folhas de pagamento.

    Mesmo assim, os governadores – diante de uma população atenta e pouco tolerante – estão sendo desafiados a entregar mais e melhores serviços e resultados com menos recursos. Esse é o “novo normal”. Acabou o ciclo de abundância de recursos públicos e de forte expansão do Estado, predominante até anos recentes.

    É nesse cenário que lançamos a 4ª edição dos Desafios da Gestão Estadual (DGE). Com a responsabilidade redobrada, uma vez que o DGE hoje é utilizado e reconhecido como ferramenta confiável e prática, capaz de ajudar na melhoria das decisões e ações dos governantes e na avaliação e cobrança pelos governados. Produzi-lo e disseminá-lo faz parte do compromisso, da Macroplan e de parceiros do estudo, de contribuir para a melhoria da gestão pública brasileira.

    Nesta edição algumas inovações e melhorias merecem destaque. Ampliamos a “cesta” de indicadores de 28 para 32. Elaboramos projeções da evolução de 14 desses indicadores para todos os estados até 2022. Incluímos uma descrição de seis casos de sucesso com as boas práticas que os explicam. E refizemos e atualizamos toda a série de indicadores para incorporar as atualizações metodológicas e a nova cesta de indicadores.

    Neste novo contexto, que opções estratégicas se colocam para os governadores, os executivos e as lideranças públicas estaduais nos próximos quatro anos?

    Com base nas conclusões do DGE e na nossa experiência, só há uma estratégia vencedora: a de inovar e fazer diferente para ampliar a capacidade dos estados de melhorar e acelerar a entrega de resultados à população. Para tanto, é urgente um salto de desempenho na gestão, que se inicia com o uso intensivo de dados e fatos que orientem as escolhas e aprimorem o foco das políticas. É urgente também um novo patamar na gestão de pessoas que fortaleça o espírito público e renove o provimento dos cargos e das funções estratégicas de governo.

    Para apoiar a identificação e a seleção do que fazer e por onde começar, a Macroplan propõe uma agenda de trabalho com 20 iniciativas desdobradas ao longo de “quatro tempos” do governo.

    Acreditamos que essa agenda, juntamente com as informações e análises contidas nesta edição do DGE, pode se constituir em mapa e instrumento de “navegação” muito útil aos governantes, líderes, formuladores, gestores, executores e avaliadores de políticas públicas estaduais para fazer essa travessia desafiadora e melhorar a performance dos governos em benefício da população.

    Boa leitura!