O mundo está cada vez mais urbano. A maior parte da população mundial vive em cidades. Estudos indicam que urbanização e desenvolvimento estão positivamente relacionados e que 2/3 do crescimento mundial até 2025 virá de 600 cidades. Assim, cada vez mais a competitividade de uma nação irá refletir a competitividade combinada de suas cidades.
No Brasil, a taxa de urbanização alcança 84% (IBGE, 2010). O rápido processo de urbanização e formação de uma classe média mais robusta coloca enorme pressão sobre as cidades em áreas como educação, saúde, transporte, saneamento e meio ambiente, principalmente porque os municípios são o primeiro nível de responsabilidade na cadeia de implementação de políticas públicas.
Prefeitos que iniciaram seus mandatos em janeiro último se depararam com enormes desafios, mas com a grande oportunidade de gerarem resultados expressivos para a melhoria da qualidade de vida de suas populações. Afinal, é nas cidades que os cidadãos satisfazem suas necessidades básicas e têm acesso a bens públicos essenciais. A cidade é também onde ambições, aspirações e outros aspectos materiais e imateriais da vida são realizados, proporcionando satisfação e felicidade (ONU HABITAT, State of the World´s Cities Report 2012‐2013).
O presente estudo buscou organizar e analisar a evolução recente do conjunto constituído pelas 100 maiores cidades brasileiras (IBGE, 2011), que respondem por mais da metade de tudo que é produzido no Brasil. Este grupo, constituído por cidades com mais de 250.000 habitantes, foi detalhadamente estudado.
A atratividade das cidades depende de uma série de fatores objetivos e subjetivos. Aqui consideramos alguns indicadores relacionados à gestão dos municípios. Os indicadores foram organizados em sete áreas críticas para a gestão pública: Educação, Saúde, Saneamento Básico, Segurança, Mobilidade/Transporte, Desenvolvimento Econômico e Renda, e Gestão Fiscal. Para as sete áreas foram identificados os municípios de destaque, aqueles melhores posicionados e aqueles com melhores evoluções e, então, pesquisadas boas práticas por eles implementadas para alcançar os bons resultados encontrados, que sirvam de referência para outras prefeituras dentro do novo mandato que se inicia.
Com este estudo a Macroplan objetiva: (i) enfatizar a relevância das cidades para o desenvolvimento do país; (ii) estimular a disseminação das práticas da gestão profissional e orientada para resultados junto à gestão municipal; e (iii) disseminar iniciativas, projetos e ações que contribuam para a melhoria dos indicadores nas cidades e que possam inspirar as novas gestões para sua missão no período 2013‐2016.
Boa leitura!