O Projeto Recife 500 anos encerrou o ano de 2015 com importantes avanços e grandes desafios para 2016. Lançado em setembro, o projeto tem como objetivo construir um Plano Estratégico de Desenvolvimento de Médio e Longo Prazos para a cidade do Recife. De lá para cá, a equipe da Macroplan, que atua no projeto, auxiliou na realização das pesquisas de opinião, no diagnóstico da evolução recente da cidade, na análise comparativa do desempenho do Recife frente a cidades equivalentes, na construção de cenários alternativos para a cidade no futuro e na elaboração da visão de futuro preliminar da cidade.
Como parte do projeto, as pesquisas de opinião vêm sendo realizadas paralelamente de diferentes formas. “Já foram ouvidos cerca de 3.500 recifenses sobre o atual momento e o futuro desejado para a cidade, por meio de pesquisas qualitativas, quantitativas, via internet e através das oficinas de futuro, que foram realizadas nas 6 RPAs (Regiões Político Administrativas) da cidade”, explica João Salles, gerente do Projeto pela Macroplan.
O diagnóstico realizado sobre a evolução recente do Recife, entre 1990 e 2015, no contexto municipal e metropolitano, resultou na síntese dos cinco principais desafios para o Recife no médio e longo prazos:
1. Construir uma cidade menos desigual
2. Enfrentar a vulnerabilidade da cidade frente aos impactos das mudanças climáticas e dos problemas ambientais
3. Ampliar a oferta, valorizar e democratizar espaços públicos e construir um novo padrão de civilidade e convivência
4. Fazer do Recife uma cidade competitiva, inovadora e de referência como polo terciário nacional
5. Transitar para um novo padrão de ocupação do território e mobilidade
Também foi realizada uma análise comparativa do desempenho de Recife em relação às cidades equivalentes, outras 16 cidades brasileiras com mais de um milhão de habitantes (IBGE, estimava 2014) e outras 14 Regiões Metropolitanas. “Além de buscar boas práticas e casos de referência para a cidade (42 experiências no total), nesta etapa foram sinalizados quatro grandes saltos que precisam ser realizados na cidade: no âmbito social, um salto via educação em todos os níveis; no econômico, avanço na direção dos serviços avançados; na qualidade urbana, uma melhora através de mais e melhor mobilidade; e em sustentabilidade via Rio Capibaribe”, descreve o gerente.
Com base nos insumos levantados nas etapas anteriores do projeto, foi produzido e apresentado na reunião do Conselho Recife 500 Anos, realizada em dezembro de 2015, o Caderno de Trabalho com a narrativa e sínteses preliminares da Visão de Futuro do Recife. No evento, foi realizada uma dinâmica para aprofundamento e validação da visão e, após a consolidação do resultado, será devolvida à sociedade para debate. “A partir daí, já será possível elaborar as estratégias de desenvolvimento e a carteira de projetos estratégicos. Será preciso também alinhar toda a estratégia de desenvolvimento da cidade com os processos de planejamento e gestão do Recife para definir o modelo de gestão focado em resultados”, complementa João Salles.